segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Seria Dialética?

Veja o Carcereiro, o Prisioneiro e a Prisão.
Viu?
Vejamos.
O Carcereiro só existe porque existe o Prisioneiro.
Sem o Prisioneiro a prisão poderia ser um almoxarifado.
É o querer aprisionar que cria o Preso e o Carcereiro.
É uma relação que só existe no desempenho de papéis.
E o espaço "cárcere" só tem significado quando palco da relação Carcereiro/Prisioneiro.
Um não existe sem o outro.
O diálogo versa sobre de aprisionamento.
O cerceamento do Prisioneiro é destacado, mas e o do Carcereiro?
Se alguém disser "destruam esta relação de cerceamento"!
O que pensa que cerceia (sem perceber-se cerceado) resistirá.

É tão cômoda a sua prisão...
É tão difícil de perceber-se igualmente Prisioneiro do papel de Carcereiro...

Tentar conceituar relações deste tipo é bem difícil.

sábado, 15 de agosto de 2015

Solidão

A sombra que lhe persegue e amendronta é a sua própria. Quando alguém apercebe-se que nada o persegue ri de si mesmo.
Assustado pela própria sombra?!
Agora tranquilo, refestela-se e olha, entre divertido e intrigado, a corrida dos apavorados.
De início, tenta alertar que não há perigo e não é ouvido.
Mais a frente, aceita-se só no seu bem estar.
Gostaria que mais alguns pudessem lhe fazer companhia.
Celebrar.